A Receita Federal dos Estados Unidos, conhecida como IRS, está programando a demissão de aproximadamente 6.000 funcionários, de acordo com informações divulgadas por uma agência de notícias. O anúncio referente a essas rescisões foi feito pela diretora de aquisição de talentos do organismo, que fez um apelo emocional aos colaboradores para que se apoiem durante este período desafiador. Fontes indicam que o número total de desligamentos pode chegar a 6.700 pessoas, com foco em trabalhadores contratados em um período recente de expansão da agência.
Essa ação se insere em um esforço mais amplo do governo Trump para reduzir a dimensão da burocracia estatal, com base em críticas à produtividade de alguns setores. O empresário Elon Musk, um dos conselheiros de Trump, está liderando a iniciativa através do Departamento de Eficiência Governamental. Durante o governo de Joe Biden, a Receita Federal aumentou significativamente sua equipe, contratando cerca de 20.000 novos empregados para reforçar a fiscalização sobre contribuintes de alta renda. Defensores da administração atual argumentam que a expansão poderia gerar um aumento na receita fiscal e contribuir para a diminuição dos déficits orçamentários.
Diferentemente de outras agências do governo, o IRS adotou uma postura mais prudente em relação à redução de sua força de trabalho, especialmente em um momento em que se aproxima o prazo para a entrega das declarações de imposto de renda, onde se espera o recebimento de mais de 140 milhões de documentos.
Além do IRS, o plano de demissões também inclui cortes em outros departamentos, como o Departamento de Educação e a Administração de Pequenos Negócios. A comunicação enviada a funcionários em período probatório indicou que suas habilidades e desempenho não estavam atendendo às necessidades da agência, levando à decisão de rescisão de suas contratações.
Estima-se que, nos departamentos mencionados, mais de 300 funcionários tenham enfrentado demissões recentementes. Em declarações passadas, Musk sugeriu a eliminação completa de “agências inteiras”, e o plano atual afeta todos os 50 estados, além de Porto Rico e Washington, DC. O projeto de demissões em massa, chamado “Fork in the Road”, estava temporariamente suspenso devido a uma disputa judicial com sindicatos, mas um juiz decidiu que as ofertas de demissão voluntária podem continuar, argumentando que os sindicatos não tinham base legal para contestar a decisão.