O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou que a Universidade de Harvard divulgue os nomes dos estudantes internacionais matriculados. Em uma postagem em uma plataforma de mídia social, Trump expôs: “Desejamos saber quem são esses estudantes estrangeiros. Esta é uma demanda razoável, considerando que destinamos bilhões de dólares a Harvard, mas a universidade não é exatamente acessível. Queremos essa informação conjunta com os países de origem dos alunos.”
Durante um retorno de viagem à Flórida, Trump reiterou essa posição, conforme informado pela agência de notícias Reuters. Essa declaração se segue à decisão de um juiz federal que bloqueou a intenção do governo de cancelar os vistos dos alunos não americanos que estudam na instituição.
Em sua postagem, Trump também criticou Harvard, que é reconhecida por formar muitos líderes globais e ter recebido 162 prêmios Nobel. Ele questionou por que a universidade não revela que cerca de 31% de seus alunos são de países estrangeiros, muitos dos quais não são considerados amigos dos Estados Unidos, e que estes não contribuem financeiramente para a educação dos alunos nem têm intenção de fazê-lo.
Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou a revogação da certificação de Harvard no Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, justificando que a universidade teria criado um ambiente inseguro no campus.
O governo federal argumenta que a presença de acadêmicos pode fomentar o antissemitismo ao permitir que “agitadores antiamericanos e pró-terroristas” assediem e agredam estudantes judeus. Trump também acusou o Partido Comunista Chinês de estar envolvido na coordenação desses ataques.
Essa situação indica uma escalada nas tensões entre o presidente e diversas universidades de prestígio, agrupadas na Ivy League. Trump afirma que essas instituições são dominadas por uma cultura progressista, frequentemente referida como “woke”, e que promovem movimentos considerados subversivos. Inicialmente, o governo tentou pressionar as universidades com cortes nos financiamentos públicos. Alguns, como a Universidade de Columbia, concordaram em rever seus programas, enquanto Harvard adotou uma postura de resistência contra o governo.
