6 março 2025
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Trump menciona tarifas inéditas ao Brasil em discurso no Congresso dos EUA

O presidente dos Estados Unidos abordou as tarifas do Brasil em um discurso proferido ao Congresso na noite de terça-feira (4). Durante sua fala, fez menção a “tarifas recíprocas” em relação aos parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil, e outros países como Canadá, Índia e China. Ele anunciou que novas taxas estão programadas para entrar em vigor no dia 2 de abril.

O presidente afirmou que outros países têm utilizado tarifas contra os Estados Unidos por décadas, e defendeu que chegou o momento de os EUA adotar uma postura semelhante. Ele destacou que nações como a União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá aplicam tarifas consideravelmente mais altas do que as cobradas pelos Estados Unidos, o que ele considera injusto.

Trump também comparou as tarifas de diversos países, mencionando que a Índia impõe tarifas superiores a 100%, enquanto a tarifa média da China sobre produtos americanos é o dobro da cobrança feita pelos EUA. Ele acrescentou que a taxa média da Coreia do Sul é quatro vezes maior que a dos Estados Unidos. O presidente declarou que qualquer tarifa aplicada pelos outros países em relação aos EUA será respondida de forma recíproca.

Além disso, Trump manifestou que se outro país aplicar tarifas contra os EUA, o país retaliará com tarifas equivalentes. Caso medidas não tarifárias sejam utilizadas para limitar o acesso dos produtos americanos ao mercado de tais nações, ele indicou que os EUA também irão estabelecer barreiras não monetárias para os manter fora do mercado interno. O presidente expressou otimismo ao afirmar que isso resultará em trilhões de dólares para a economia e na criação de empregos em uma escala sem precedentes.

No mês anterior, o presidente solicitou que seu governo iniciasse uma investigação sobre a implementação de tarifas recíprocas para todos os parceiros comerciais, com a conclusão desse processo prevista para 1º de abril. Durante a campanha eleitoral, ele criticou o que chamou de práticas comerciais desleais de países estrangeiros. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, comentou que a forma como os Estados Unidos têm sido tratados no cenário global é decepcionante.

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