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O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nem teve tempo de deixar a Casa Branca quando as transformações começaram. Em questão de horas, a equipe do novo presidente, Donald Trump, fez modificações visíveis no famoso Salão Oval, refletindo sua identidade e suas prioridades para o novo governo, seguindo o que é habitual a cada troca de administração. Este espaço, muito representativo da Presidência americana, serve como cenário para encontros com líderes mundiais, diálogos informais com o Congresso e momentos históricos em que os presidentes se comunicam com a nação.
As bandeiras de todos os ramos das Forças Armadas retornaram ao Salão Oval, pois haviam sido retiradas durante a gestão de Biden. Ao contrário dos outros ambientes da Casa Branca, a personalização do escritório presidencial é uma prática comum, com os presidentes escolhendo obras de arte e itens que refletem seus princípios e metas. O Salão Oval é um símbolo da transição entre os governos, destacando como cada novo líder imprime sua marca no espaço que simboliza o poder do país.
Aproximadamente às 10h58, o tapete azul que era utilizado por Biden foi substituído por um modelo mais neutro, que já havia adornado o ambiente durante o primeiro governo de Trump. Segundo assessores, a Mesa do Resolute, um prestigioso presente da Rainha Vitória ao presidente Rutherford B. Hayes, precisou ser desmontada para que o novo tapete pudesse ser instalado.
Os presidentes têm a liberdade de escolher obras de arte da coleção da Casa Branca ou de outros grandes acervos, como o Smithsonian, para decorar o Salão Oval. Contudo, as paredes com contornos curvados impõem limitações ao tamanho dos quadros. Assim como no primeiro mandato, o famoso retrato de George Washington agora ocupa um lugar de destaque sobre a lareira, ladeado por retratos de Alexander Hamilton e Thomas Jefferson. Um busto de Winston Churchill também foi reinstalado perto da lareira, enquanto outros bustos, como o de Martin Luther King Jr., continuam a fazer parte da decoração.
Donald Trump demonstra um apreço particular por Andrew Jackson, um ex-presidente que se destacou por seu apoio ao populismo e que reformulou seu partido segundo suas próprias ideias. A lareira agora exibe novas estátuas de águias prateadas, com a pintura de Benjamin Franklin que Biden manteve ainda pendurada, simbolizando a ênfase na ciência. Além disso, um retrato de Andrew Jackson destaca-se no ambiente, refletindo a admiração que Trump tem por figuras históricas que compartilharam de sua visão popular.
A escultura “the Bronco Buster”, de Frederic Remington, também está de volta ao Salão Oval, enquanto um busto de Robert F. Kennedy, que ocupava um espaço importante durante a administração de Biden, foi removido. No entanto, a influência da família Kennedy permanece por meio da presença de Robert F. Kennedy Jr. no gabinete de Trump, cuja notoriedade está relacionada a teorias da conspiração sobre vacinas.
As bandeiras militares foram restabelecidas no Salão Oval, enquanto as cortinas douradas, que haviam sido utilizadas por Trump anteriormente, foram mantidas. Em sua passagem pela presidência, Biden elegeu trazer elementos significativos, como um retrato de Franklin D. Roosevelt, que representa o enfrentamento de crises. Contudo, Trump optou por removê-lo.
Mudanças significativas também foram implementadas na Ala Oeste logo após o primeiro mandato de Trump, incluindo a substituição do papel de parede que decorava o espaço durante o governo de Barack Obama. Para além das obras de arte, os presidentes costumam adicionar toques pessoais em seus escritórios. Enquanto Obama tinha uma tigela de maçãs, e Biden optava por ter biscoitos de chocolate disponíveis, a mesa de Trump abriga um buquê de flores e um peso de papel dourado com seu nome gravado.
