O presidente dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira, 7 de outubro, a intenção de introduzir tarifas recíprocas para diversos países na próxima semana. Essa iniciativa visa potencialmente diminuir o déficit orçamentário do país. A medida está alinhada com uma promessa de campanha anterior, onde foi estabelecido que os impostos sobre as importações seriam equiparados aos impostos que os parceiros comerciais aplicam sobre as exportações dos Estados Unidos. Até o momento, não foram divulgados quais países sofrerão as consequências dessa nova política.
Durante discussões orçamentárias na Casa Branca na quinta-feira, 6 de outubro, o presidente revelou seus planos a parlamentares republicanos, conforme informaram três fontes a respeito. Tanto o presidente quanto seus principais assessores indicaram que pretendem utilizar tarifas mais elevadas sobre as importações como uma estratégia para financiar a extensão dos cortes de impostos implementados em 2017 durante seu primeiro mandato.
Além disso, o aumento das tarifas pode servir para atenuar parte dos custos relacionados a essa extensão, ainda que, nos últimos anos, as tarifas tenham representado apenas cerca de 2% das receitas anuais do governo. Na semana anterior, Trump havia declarado tarifas de 25% sobre produtos vindos do Canadá e do México, embora tenha decidido adiar a implementação após receber reações desfavoráveis dos investidores. Os dois países, que são os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, acordaram em intensificar as medidas de fiscalização na fronteira, que é uma prioridade do governo republicano.
Após a divulgação da notícia sobre a proposta de Trump, a bolsa de valores de Wall Street experimentou uma ampliação nas perdas, refletindo a inquietação do mercado com as novas tarifas.
