O presidente dos Estados Unidos anunciou uma decisão de revogar o status de isenção fiscal da Universidade de Harvard, intensificando as ameaças direcionadas à conhecida instituição. Em uma publicação na rede social Truth, o presidente declarou: “Vamos tirar o status de isenção fiscal de Harvard. É o que eles merecem!”.
Em resposta a essa afirmação, um porta-voz da universidade afirmou à CNN que “não há base legal para rescindir o status de isenção de impostos de Harvard”. Segundo ele, a revogação desse status colocaria em risco a capacidade da instituição de cumprir sua missão educacional.
O porta-voz também destacou que a necessidade de pagar impostos federais levaria à reatribuição de recursos, resultando em uma diminuição da ajuda financeira aos alunos, no abandono de programas fundamentais de pesquisa médica e na perda de oportunidades de inovação.
Na semana anterior, o presidente havia declarado que Harvard representava uma ameaça à democracia e fez acusações de antisemitismo contra a instituição.
Adicionalmente, o presidente já havia sugerido que a universidade poderia perder seu status de isenção fiscal e ser tratada como uma entidade política. A secretária de imprensa da Casa Branca reforçou essa posição, mencionando que a administração deseja que Harvard se desculpe pelo que considera ser “antissemitismo flagrante” no campus.
O governo também cortou US$ 2,3 bilhões em fundos federais da universidade por não atender a uma lista de exigências controversas. Entre essas exigências estavam a redução da influência de alunos e professores em assuntos internos, a denúncia de alunos estrangeiros que violassem códigos de conduta e a contratação de funcionários externos para garantir diversidade de pontos de vista.
Além disso, a administração suspendeu a liberação de US$ 60 milhões em contratos plurianuais, alegando que Harvard não estava fazendo o suficiente para combater o antissemitismo no campus, especialmente após protestos em apoio à Palestina que ocorreram no ano anterior.
Harvard, a universidade mais antiga dos Estados Unidos, foi uma das primeiras a contestar abertamente o governo ao mover uma ação judicial contra ele em abril, visando impedir a suspensão dos subsídios federais.
