O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que foi previamente informado sobre os ataques de Israel ao Irã. Em uma entrevista telefônica, ele confirmou ter recebido informações sobre a operação israelense que ocorreu no dia anterior. Segundo Trump, a comunicação não foi um aviso formal, mas sim um reconhecimento da situação.
Ele relatou uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no dia em que os mísseis foram lançados contra o território iraniano. Trump classificou o ataque como “muito bem-sucedido” e mencionou que planejava entrar em contato com Netanyahu novamente em breve.
Anteriormente, em suas redes sociais, Trump recomendaram ao Irã que buscassem um acordo com os EUA “antes que seja tarde demais”. Ele destacou que havia oferecido essa oportunidade ao país, afirmando que, apesar dos esforços, as negociações não avançaram, resultando em um cenário trágico.
De acordo com a agência de notícias Fars, mais de 70 pessoas foram mortas e aproximadamente 320 ficaram feridas nos ataques. A Fars, alinhada à Guarda Revolucionária do Irã, reportou que entre os mortos estão civis, e figuras importantes como o comandante da Guarda Revolucionária e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, além de vários cientistas nucleares.
O ataque israelense, que visava instalações relacionadas ao enriquecimento nuclear, aconteceu antes das negociações entre autoridades americanas e iranianas sobre um acordo nuclear. Este incidente foi considerado o mais intenso contra o Irã desde a guerra Irã-Iraque, ocorrida na década de 1980.
Em resposta aos ataques, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que as retaliações de Teerã farão com que “Israel se arrependa de seu ato tolo”. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyyed Abbas Araqchi, enviou uma carta às Nações Unidas classificando os ataques como uma “declaração de guerra” e solicitou uma ação imediata do Conselho de Segurança da ONU, enfatizando que a ação israelense é uma grave violação da soberania iraniana.