Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, abriram um confronto após Trump decidir se aproximar de Vladimir Putin, líder da Rússia. Essa decisão parece ignorar a Ucrânia, a Europa e os princípios tradicionais da diplomacia americana, além de desconsiderar a complexidade da situação que levou ao conflito na Ucrânia.
No que se refere à guerra na Ucrânia, Putin caracterizou a reação à aproximação entre EUA e Rússia como “histeria”. Zelensky, por sua vez, afirma que o mundo precisa escolher entre apoiar Putin ou buscar a paz. Trump advertiu sobre a possibilidade de uma terceira guerra mundial, embora afirme que tomará medidas para evitá-la.
A animosidade de Trump em relação a Zelensky pode estar ligada à percepção de que o presidente ucraniano não reconheceu uma dinâmica estabelecida na ordem internacional moderna, que privilegia potências como Trump, Putin e Xi Jinping, enquanto marginaliza países como a Ucrânia e os estados europeus. Essa realidade, embora desconfortável para muitos, parece ser uma estratégia que Trump está colocando em prática, gerando um cenário incerto e arriscado para o mundo.
Superpotências sustentam sua influência não apenas por meio de capacidade econômica, política e militar, mas também por liderar alianças de diversas naturezas. A China, por exemplo, está intensamente focada nessa construção de alianças atualmente. No que diz respeito à Ucrânia, a decisão de Trump parece ter favorecido Putin, contribuindo para a desestabilização do país vizinho em um curto período, o que, após três anos de conflito, é considerado uma traição sem precedentes na história recente. A busca de Trump por tornar os EUA ‘grandes novamente’ parece ser uma estratégia arriscada, marcada por uma abordagem unilateral.
