1 maio 2025
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Turquia: 400 Detidos em Protestos do Dia do Trabalho

A polícia da Turquia entrou em confronto com manifestantes em Istambul durante o Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio. Os eventos foram marcados por situações caóticas, incluindo a utilização de gás lacrimogêneo e prisões. O ministro do Interior da Turquia, Ali Yerlikaya, informou que 409 pessoas foram detidas, com 407 ocorrendo em Istambul, enquanto o total de participantes dos protestos em 78 províncias foi estimado em 286.584.

Diversos sindicatos e organizações não governamentais organizaram marchas pela cidade. Nas semanas anteriores, Istambul assistiu a uma série de manifestações em resposta à prisão de Ekrem Imamoglu, prefeito e opositor do presidente Tayyip Erdogan. Os manifestantes tentaram se dirigir à Praça Taksim, local onde protestos são proibidos há anos. Conflitos surgiram quando a polícia tentou conter aqueles que tentavam ultrapassar as barricadas.

Os protestantes brandiam cartazes e entoaram palavras de ordem enquanto eram forçados a entrar em ônibus pela polícia. Ozgur Ozel, líder do partido de oposição mais relevante, o Partido Republicano do Povo (CHP), criticou a proibição das manifestações na Praça Taksim, considerando-a um sinal da insegurança do governo. Ele afirmou que a presença massiva da polícia indica a ausência de autoridade real por parte dos líderes do país, transformando o Estado em uma entidade policial.

Todos os anos, a Turquia comemora o Dia Internacional do Trabalho, mas intervenções policiais tornaram-se frequentes nos últimos anos. Em 2022, mais de 200 pessoas foram detidas tentando alcançar a Praça Taksim. Um histórico trágico remonta a 1977, quando 34 pessoas perderam a vida durante as manifestações nesse mesmo local.

Em Ancara, Erdogan se reuniu com representantes de sindicatos e de diversas categorias profissionais para celebrar a data. Ele destacou os esforços do governo em eliminar algumas restrições trabalhistas e implementar mudanças legais que visam melhorar as condições de trabalho. Enquanto isso, milhares de pessoas se reuniram em marchas e manifestações em Ancara, que ocorreram em sua maioria de forma pacífica, assim como em outras cidades do país.

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