sexta-feira, janeiro 31, 2025
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UNICEF relata a morte de 120 crianças em Gaza nas últimas duas semanas.

De acordo com dados apresentados pela agência da ONU voltada para crianças, pelo menos 120 crianças palestinas perderam a vida em Gaza nos últimos 15 dias. Um ataque ocorrido em Deir Al Balah, na terça-feira, resultou na morte de 12 integrantes de uma mesma família, incluindo a esposa e quatro filhos de Raafat Salha, que trabalha com ajuda humanitária na região, conforme informações da Comissão Independente para os Direitos Humanos. Salha, o diretor da comissão, ficou gravemente ferido e teve sua perna amputada.

Em resposta a questionamentos sobre o ataque à residência de Salha, o Exército de Israel declarou que direcionou seus disparos contra um “terrorista da unidade de inteligência militar da Jihad Islâmica que atuava na área humanitária de Deir al Balah.” Um bombardeio israelense deixou ao menos sete mortos na escola Al-Farabi, localizada na Cidade de Gaza, na noite anterior, onde palestinos estavam se abrigando, segundo relatos de autoridades do hospital Batista Al-Ahli. Em Al Bureij, um campo de refugiados no centro de Gaza, várias pessoas também perderam a vida devido a ataques aéreos na localidade.

O Exército israelense afirmou ter alvejado um “terrorista” que, segundo eles, estava funcionando “dentro de um centro de comando e controle, que havia sido anteriormente uma escola”. Além disso, o Exército destacou que, nas últimas 24 horas, atingiu mais de 50 alvos em Gaza. Na terça-feira, ao menos 54 pessoas foram identificadas como mortas em Gaza, conforme dados de autoridades locais. Durante esse período, um porta-voz militar israelense orientou os moradores de um bairro em Jabalya, ao norte de Gaza, a evacuarem antes de um ataque por conta do lançamento de foguetes da área por parte de “organizações terroristas”.

O governo israelense e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, que inclui uma liberação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Essa informação foi corroborada por fontes e, posteriormente, um pronunciamento oficial do primeiro-ministro do Catar confirmou o entendimento entre as partes. Desde 2023, Israel tem realizado intensos bombardeios na Faixa de Gaza, após o Hamas ter invadido o território israelense e causado a morte de cerca de 1.200 pessoas, conforme estimativas israelenses. O Hamas, por sua vez, não reconhece a existência de Israel como um Estado e reivindica a terra israelense como parte da Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez diversas promessas de eliminar as capacidades militares do Hamas e resgatar os reféns mantidos em Gaza. Em adição aos ataques aéreos, o Exército israelense também realizou operações terrestres na região palestina, o que levou a um grande deslocamento populacional. A ONU e várias organizações humanitárias têm alertado sobre uma grave crise humanitária em Gaza, marcada pela escassez de alimentos, medicamentos e o aumento de doenças. Por outro lado, a população em Israel tem se mobilizado em protestos constantes contra Netanyahu, acusando-o de não conseguir estabelecer um acordo de cessar-fogo para a libertação dos reféns.

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