O deputado Lindbergh Farias, líder da federação PT-PCdoB-PV na Câmara dos Deputados, declarou que Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, não deve assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A proposta de que Eduardo, que ocupa o cargo de secretário nacional de Relações Institucionais e Internacionais do seu partido, liderasse o colegiado neste ano gerou preocupações entre os membros da base governista.
Farias fez afirmações contundentes, alegando que Eduardo Bolsonaro vem utilizando seu mandato para conspirar ao lado da extrema direita e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra os interesses do Brasil. Ele considerou inaceitável que um parlamentar brasileiro utilize sua posição para continuar uma campanha que ele define como atentatória à Justiça e aos interesses nacionais. O deputado enfatizou que resistirá de todas as formas à indicação de Eduardo, qualificando suas ações como um crime de lesa-pátria e traição.
Além disso, Farias já havia tomado uma medida judicial ao solicitar ao Supremo Tribunal Federal a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. Essa ação se baseou na alegação de que a pressão exercida pelo deputado em favor de sanções do governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras representa um ataque à soberania do país.
