A Universidade Columbia, situada em Nova York, anunciou no dia 13 de outubro novas medidas disciplinares para estudantes que participaram de protestos em apoio à Palestina, em virtude do conflito entre Israel e o Hamas. As penalidades previstas incluem suspensões, revogações temporárias de diplomas e até expulsões, como resposta à ocupação do Hamilton Hall pelos manifestantes.
As manifestações estão inseridas em um contexto mais amplo de protestos estudantis nos Estados Unidos, que foram desencadeados pelas ações de Israel em Gaza. De acordo com informações veiculadas pelo Hamas, o número de palestinos mortos nesse conflito é de aproximadamente 50 mil. A universidade optou por não divulgar a identidade ou a quantidade exata de alunos que sofrerão punições, em respeito às normas de privacidade.
Mahmoud Khalil, um dos principais organizadores dos protestos, foi detido após declarações do ex-presidente Donald Trump, que propôs a deportação de estudantes estrangeiros envolvidos nas manifestações. Khalil impetrou uma ação judicial com o objetivo de impedir que a universidade compartilhasse seus registros disciplinares com um comitê da Câmara e solicitou sua liberação do centro de detenção de imigrantes, alegando que sua prisão foi motivada por sua defesa da liberdade de expressão.
A administração de Trump expressou críticas severas em relação aos protestos, indicando que estes incluíam apoio ao Hamas e manifestações de antissemitismo. Em consequência, o governo cancelou subsídios e contratos que totalizavam cerca de 400 milhões de dólares para a universidade, justificando essa ação pelo que considerou como assédio antissemita em seu campus. Trump declarou que a detenção de Khalil representaria apenas o início de uma série de medidas, prometendo a deportação de “simpatizantes de terroristas”.
“O governo vai identificar, prender e deportar aqueles que são vistos como simpatizantes de terroristas, que não pertencem ao nosso país”, declarou o presidente na ocasião.