O evento realizado com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (6), atraiu aproximadamente 44,9 mil participantes, conforme estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, coordenado por especialistas da Universidade de São Paulo (USP). A margem de erro considerada para essa estimativa é de 5,4 mil pessoas, podendo variar para mais ou para menos. Os pesquisadores fundamentaram a contagem em análises de fotos aéreas por meio de software de inteligência artificial, realizadas às 15h44, momento de maior concentração de público no evento.
Durante a manifestação, o ex-presidente voltou a utilizar um colete à prova de balas e abordou a temática da anistia. Além disso, manifestantes que apoiam Bolsonaro direcionaram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta a um pedido de informação, a Polícia Militar de São Paulo indicou que não emitirá estimativas sobre o número de participantes do evento. Em um protesto realizado há três semanas em Copacabana, no Rio de Janeiro, que também buscou defender a anistia para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro, a contagem da USP registrou 18,3 mil pessoas, enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) alegou ter contabilizado mais de 400 mil participantes.
O ato em São Paulo contou com a presença de diversas autoridades políticas, incluindo sete governadores, senadores e deputados federais. Durante seu discurso, Bolsonaro defendeu o projeto de lei relacionado à anistia e comentou sobre as eleições de 2026. Por estar inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele afirmou que “eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, é escancarar a ditadura no Brasil. Se o voto é obra da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária”.