Setores específicos, como o de artigos farmacêuticos, têm mostrado crescimento significativo. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os segmentos do varejo estão se beneficiando dessa recuperação.
Em janeiro, o volume de vendas no varejo brasileiro superou em 9,0% os níveis registrados em fevereiro de 2020, que antecederam a pandemia de Covid-19. Ao considerar o varejo ampliado—que inclui veículos, material de construção e atacado alimentício—as vendas estão 5,7% acima do patamar pré-crise. Esses dados foram obtidos a partir da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo IBGE.
Alguns setores se destacam nesse contexto. O segmento de artigos farmacêuticos, por exemplo, apresenta um crescimento expressivo de 37,0% em relação ao período pré-pandemia. Outras áreas como veículos e supermercados também mostram resultados positivos, com aumentos de 14,6% e 11,1%, respectivamente. No que diz respeito a combustíveis e material de construção, os índices estão 9,6% e 7,4% acima dos níveis de fevereiro de 2020, refletindo uma recuperação sólida em segmentos que foram cruciais durante a crise sanitária.
Entretanto, há setores que não têm usufruído dessa recuperação. Artigos de uso pessoal e doméstico registram uma queda de 6,6% em relação ao nível pré-pandemia, assim como o setor de móveis e eletrodomésticos, que também apresenta uma redução de 6,6%. Equipamentos de informática e comunicação estão 8,4% abaixo dos níveis anteriores, enquanto tecidos, vestuário e calçados enfrentam uma diminuição significativa de 17,2%. O setor de livros e papelaria é o mais impactado, com uma queda alarmante de 45,9%.
