Presidentes e monarcas de diversas nações, incluindo Donald Trump, Javier Milei, Luiz Inácio Lula da Silva, o rei Felipe VI da Espanha e António Guterres, secretário-geral da ONU, confirmaram a participação na cerimônia restrita de fechamento do caixão do Papa Francisco.
O funeral do Papa Francisco está alcançando sua fase final, com o velório ocorrendo na capela-ardente, onde já teve a visita de mais de 150.000 fiéis. Esta cerimônia se desenrola após o falecimento do pontífice aos 88 anos, ocorrido na segunda-feira. Desde o início do velório na manhã de quarta-feira, a capela da Basílica de São Pedro recebeu um grande número de visitantes que desejam se despedir do jesuíta argentino. O último balanço oficial do Vaticano destaca que 150.000 pessoas estiveram na igreja até as 10h00 GMT da manhã de sexta-feira.
Relatos de pessoas que visitaram a capela foram comuns. Um filipino expressou seu desejo de participar da despedida, afirmando que amava o papa e sentia-se abençoado por sua última homenagem. Outros cidadãos, especialmente italianos, também aproveitaram o feriado para prestar suas homenagens, refletindo sobre a importância do evento.
A capela-ardente estará aberta até às 19h00 GMT na sexta-feira. Logo após, o cardeal camerlengo, Kevin Farrell, conduzirá uma cerimônia privada de fechamento do caixão, antecedendo o funeral. O evento, que ocorrerá na Praça de São Pedro, contará com a presença de cerca de cinquenta chefes de Estado e dez monarcas em exercício, conforme informações da Santa Sé.
Entre os líderes confirmados para a missa fúnebre estão Donald Trump, Javier Milei, Luiz Inácio Lula da Silva e o rei Felipe VI da Espanha. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também enviou suas condolências após semanas de silêncio em um contexto de tensões nas relações entre a Santa Sé e Israel, exacerbadas por recentes conflitos na região.
O sepultamento do papa ocorrerá também no sábado, na Basílica de Santa Maria Maior, marcando um fato inédito de um papa ser enterrado fora do Vaticano desde Leão XIII, em 1903. Após a missa, o cortejo fúnebre percorrerá locais emblemáticos de Roma, com a expectativa de que o público possa acompanhar a cerimônia em telões. As autoridades locais preveem a presença de dezenas de milhares de pessoas ao longo do percurso.
Um túmulo de mármore está sendo preparado para o papa, que apresentará apenas a inscrição “Franciscus”, ao lado de uma reprodução da cruz peitoral que ele utilizava. Medidas de segurança rigorosas foram implementadas, incluindo uma zona de exclusão aérea sobre Roma e a mobilização de unidades antidrone para prevenir atividades suspeitas. Aviões de combate estão em estado de alerta, e helicópteros policiais monitoram a área, enquanto franco-atiradores foram posicionados em pontos estratégicos.
O Papa Francisco, conhecido por seu pontificado voltado às questões de pobreza e reforma, foi descrito como um líder que gerou sentimentos de perda entre seus seguidores. O cardeal Jean-Marc Aveline, durante homilia, destacou a saudade deixada, referindo-se à sensação de “orfandade” que a comunidade enfrenta neste momento.
A data para o início do conclave para eleger o novo líder espiritual da Igreja Católica ainda não foi divulgada. O cardeal François-Xavier Bustillo enfatizou a importância de manter o respeito até o funeral. A expectativa é que o conclave ocorra entre 15 e 20 dias após a morte do papa, a menos que os cardeais decidam por uma convocação antecipada. Mais de dois terços dos 135 cardeais eleitores foram designados pelo papa falecido. Além disso, os Novemdiales, período de luto de nove dias no Vaticano após a morte de um papa, se iniciarão no sábado, com a cerimônia do sexto dia sendo presidida pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández.