sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Vendas de champagne caem novamente por clima econômico negativo

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As vendas de champanhe têm enfrentado um declínio, já que a disposição das pessoas ao redor do mundo para comemorar parece ter diminuído, conforme revela um novo estudo do Comité Champagne, que representa uma vasta comunidade de viticultores e casas produtoras da bebida. O relatório indica uma queda de quase 10% nas remessas de champanhe da França no ano passado, totalizando 271 milhões de garrafas, o que representa o segundo ano consecutivo de retração do setor. A situação é reflexo de consumidores preocupados com a inflação, que estão reduzindo seus gastos, além de um clima de incerteza global.

Maxime Toubart, copresidente da organização, observou que “neste momento, não é propício para celebrações, considerando a inflação, os conflitos mundiais e a instabilidade econômica, especialmente em grandes mercados de champanhe, como EUA e França”. Além disso, as vendas da bebida no mercado interno francês também sofreram uma queda de 7%, totalizando 118 milhões de garrafas, impactadas pela situação política e econômica vigente no país. A recente eleição antecipada na França resultou em um parlamento fragmentado.

A gigante do luxo LVMH já sinalizou que 2024 poderá ser desafiador para o setor, com um aviso sobre um declínio de 15% nas vendas de espumantes no primeiro semestre do ano. Apesar das dificuldades, David Chatillon, outro copresidente da associação, reforçou a confiança no modelo organizacional do champanhe, que se mostrou sólido e sustentável em tempos adversos.

Jean-Jacques Guiony, diretor financeiro da LVMH, destacou em uma teleconferência que as vendas de champanhe estão intimamente ligadas a momentos de celebração e felicidade, e que a atual conjuntura, tanto geopolítica quanto macroeconômica, pode desestimular as pessoas a abrirem suas garrafas. A LVMH, líder no mercado de champanhe e proprietária de marcas renomadas como Dom Pérignon e Veuve Clicquot, também investiu em um vinho espumante sem álcool, expandindo sua atuação.

Além disso, a Rémy Cointreau, outra importante empresa do segmento, previu uma queda ainda maior nas vendas, impactada pelos cortes de gastos dos consumidores. O setor também enfrenta desafios devido a eventos climáticos extremos que afetaram a produção, como geadas precoces e calor intenso, resultando em uma das menores colheitas desde 1957. Em resposta a isso, algumas casas de champanhe, como a Telmont, estão adotando práticas agrícolas mais sustentáveis para atrair clientes preocupados com o meio ambiente.

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