O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) revelou uma diminuição de 0,4% nas vendas do varejo brasileiro em fevereiro, considerando os efeitos da inflação, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Essa informação foi divulgada por uma empresa de pagamentos ligada ao Banco do Brasil e ao Bradesco. Essa é a terceira queda consecutiva registrada pelo ICVA no comércio brasileiro. O vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, Carlos Alves, observou que fevereiro teve um dia útil a menos em relação ao ano passado, que foi bissexto.
Segundo Alves, “o resultado somente não foi mais negativo porque, ao contrário do ano passado, o Carnaval ocorreu em março neste ano. Se tivesse ocorrido em fevereiro, haveria uma redução no número de dias úteis e, consequentemente, na atividade econômica”. Ele também mencionou que fatores inflacionários podem ter influenciado de forma desfavorável o consumo.
A concorrente Stone relatou uma redução de 1% nas vendas do varejo em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em termos nominais, que refletem a receita das vendas observadas pelos varejistas, houve um crescimento de 5,1%, com o comércio eletrônico apresentando uma alta de 5,4% e o comércio físico registrando um aumento de 5%.
Na análise por setores, os serviços tiveram uma alta de 0,5%, enquanto os bens duráveis apresentaram aumento de 1,6% nas vendas. Em contrapartida, o setor de bens não duráveis enfrentou uma retração de 1,4%. Três regiões do Brasil mostraram queda nas vendas ajustadas pela inflação: Norte (-3,1%), Centro-Oeste (-2,6%) e Nordeste (-1%). No Sudeste, houve um aumento de 0,3%, e no Sul, a alta foi de 0,1%. O ICVA monitora mensalmente a evolução do varejo no país, considerando as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, abrangendo desde pequenos comerciantes até grandes redes de varejo.