O verão de 2025 no Brasil foi caracterizado por eventos climáticos extremos. A estação teve início com chuvas intensas, seguidas por ondas de calor e longos períodos de seca. O fenômeno La Niña foi identificado como um fator chave que influenciou tanto a precipitação quanto as temperaturas, conforme informações do Climatempo. Duas Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) geraram chuvas fortes em regiões do Centro-Oeste, Sudeste e partes do Nordeste no mês de dezembro.
Em janeiro, a ZCAS começou a perder intensidade, e a presença de bloqueios atmosféricos impediu a entrada de frentes frias no interior do Brasil, resultando em baixas precipitações nessa área. Enquanto isso, no Norte e no litoral nordestino, as chuvas foram intensas. Entre os dias 14 e 19 de janeiro, a primeira onda de calor se manifestou, com temperaturas se elevando especialmente no Centro-Sul. O mês de fevereiro destacou-se como o mais quente da estação, apresentando sucessivas ondas de calor nessa mesma região, o que provocou um significante déficit hídrico em estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e grande parte do Nordeste.
Paralelamente, algumas áreas enfrentaram chuvas torrenciais provocadas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que impactou o Norte e o litoral do Nordeste do Brasil. Estados como Maranhão, Piauí e Ceará relataram precipitações superiores a 300 mm. Durante março, as chuvas intensas continuaram afetando o Norte e o litoral nordestino, novamente devido à ZCIT. Já nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, as precipitações diminuíram, enquanto o Centro-Oeste experimentou uma continuidade da seca, principalmente em Mato Grosso e Goiás.
No dia 24 de janeiro, São Paulo enfrentou uma forte chuva que resultou em mais de 140 mm em um período de apenas três horas, ocasionando alagamentos e transbordamentos de rios. Curitiba também registrou um grande acumulado, com mais de 80 mm em quatro horas. Na Grande Florianópolis, as chuvas somaram acima de 350 mm entre os dias 15 e 17 de janeiro. As cinco ondas de calor observadas ao longo do verão dificultaram a formação de nuvens de chuva no Centro-Sul, levando a períodos prolongados de estiagem e temperaturas recordes. O fenômeno La Niña contribuiu para agravar a seca no Sul do Brasil, resultando em chuvas abaixo da média nas regiões do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina.