quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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VEREDOR DO PL AFIRMA QUE PARLAMENTAR TRANS DO PSOL É “HOMEM BIOLOGICAMENTE”

Na última quinta-feira (6), durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Lucas Pavanato se pronunciou sobre a vereadora Amanda Paschoal, que é uma mulher trans, afirmando que biologicamente ela é um homem. O vereador, ao se dirigir a ela, mencionou que sempre a chamaria de vereadora, respeitando-a, mas que não poderia deixar de afirmar que, do ponto de vista biológico, ela é um homem. Pavanato aduziu que as diferenças biológicas são relevantes e que, por isso, ele se sente no direito de fazer essa afirmação.

Na ocasião, estava em discussão um tema polêmico relacionado à proibição de mulheres trans de competirem em esportes femininos, inspirado em uma ação executiva do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em resposta, Amanda Paschoal utilizou a tribuna para declarar que tomaria medidas legais contra Pavanato, alegando que suas declarações eram transfóbicas.

A vereadora destacou a importância de se respeitar o debate sobre gênero, que, segundo ela, é crítico, uma vez que pode impactar diretamente a vida de muitas pessoas da comunidade transgênero no Brasil. Durante o debate, Pavanato apresentou uma Bíblia a Amanda, que criticou seu gesto, afirmando que o grupo político do vereador parece não praticar os ensinamentos de amor que professam.

Após o incidente, a assessoria de Amanda Paschoal revelou que ela havia solicitado ao Ministério Público de São Paulo a abertura de um inquérito criminal devido ao que considerou injúria transfóbica, a qual é passível de pena de reclusão. Em contraste, Pavanato se defendeu de suas declarações, afirmando que se tratam de afirmações científicas e que, em sua opinião, há uma tentativa de controlar a liberdade de expressão.

Embora tenham discordâncias em questões relacionadas à identidade de gênero, ambos os vereadores têm atuado juntos em relação a outros temas, como a atuação de mototaxistas em São Paulo, que enfrentam restrições após decisões judiciais. Durante um protesto ocorrido em fevereiro, Amanda e Pavanato se uniram aos trabalhadores da categoria.

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