Um guarda municipal disparou contra um homem durante uma abordagem no Pelourinho, em Salvador. O incidente ocorreu quando o homem tentava intervir na detenção de seu irmão, que havia sido imobilizado e supostamente agredido com uma arma de choque. O fato se deu na Rua das Flores, nas proximidades da Baixa dos Sapateiros, na segunda-feira (10).
Após o incidente, a Guarda Civil Municipal (GCM) anunciou, no dia seguinte, o afastamento do agente das atividades operacionais. O profissional será designado para funções administrativas enquanto a Corregedoria da instituição realiza a investigação pertinente ao ocorrido.
De acordo com a GCM, a equipe estava em patrulha rotineira quando recebeu denúncias sobre tráfico de drogas na região. Ao chegar ao local, os agentes se depararam com indivíduos conforme as características descritas nas denúncias e tentaram realizar a abordagem. Durante o processo, o homem resistiu, o que levou os agentes a utilizarem força para proteger a segurança tanto da equipe quanto da população.
Imagens registradas por uma testemunha mostram que o homem abordado já se encontrava rendido, enquanto seu irmão tentava intervir na ação policial. A Guarda Civil Municipal, em sua versão dos fatos, afirmou que o disparo foi realizado pelo agente com o intuito de dispersar um indivíduo que se aproximava de maneira agressiva, o que, segundo a corporação, fixava um risco iminente à integridade física dos envolvidos.
A GCM também informou que foi necessário utilizar uma pistola de condutividade elétrica para conter o homem, que foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vale dos Barris. Após receber assistência médica para a remoção dos dardos da pistola, ele foi encaminhado à Central de Flagrantes, onde prestou depoimento e foi liberado.
Quanto ao guarda envolvido, a GCM declarou que ele passará por acompanhamento psicológico e reciclagem, conforme o procedimento padrão. O comunicado destaca que, em casos de disparo de arma de fogo, os agentes são submetidos a acompanhamento especializado e, por isso, ficam afastados para atividades administrativas durante a investigação da Corregedoria.
