Com uma abordagem avassaladora, foram feitas observações em relação a Donald Trump e sua promoção de um visto de residência por um valor de cinco milhões de dólares. A campanha gerou críticas de diversos setores da mídia, que interpretaram o anúncio como uma forma de comercializar o direito de residência nos Estados Unidos, potencialmente facilitando o caminho para a cidadania.
No contexto, o visto EB-5 já existia como uma opção para estrangeiros que investissem um milhão de dólares em uma atividade capaz de criar dez empregos nos Estados Unidos, com foco em regiões carentes. A taxa de aprovação para esses vistos era superior a 75%, e o processo costumava ser gerenciado por escritórios especializados. Os principais interessados vinham de países como China, Coreia do Sul, Taiwan e Reino Unido, além de notáveis como Vietnã, Índia, Brasil, México e Nigéria. A alteração nas regras observada recentemente gerou descontentamento entre cidadãos indianos, que utilizavam esse visto principalmente como uma maneira de acelerar o acesso ao green card e obter empregos no setor tecnológico.
No Brasil, o interesse em programas de visto coincide com as mudanças nas regras do visto ouro de Portugal. A opinião pública, que incorretamente atribui a escassez de moradia à emissão de golden visas para investimentos em imóveis, resultou em alterações significativas nas normativas. Agora, os investimentos precisam ser direcionados a fundos não imobiliários ou empreendimentos de recuperação patrimonial. Cidadãos brasileiros ocupavam a segunda posição na lista de solicitantes, atrás apenas dos cidadãos chineses.
A Espanha, que também oferecia um programa semelhante de residência, optou por encerrar suas ofertas, em parte devido à insatisfação popular com a suposta concorrência internacional no mercado imobiliário, além da necessidade de recomposição econômica após a crise de 2013. A limitação geográfica nas áreas urbanas e a preservação de patrimônios complicam o desenvolvimento de novos imóveis, criando barreiras para compradores internacionais.
Outras nações da Europa, como Malta e Grécia, ainda mantêm programas que permitem a aquisição de imóveis em regiões menos disputadas, propiciando acesso ao segundo passaporte e a diversos países da União Europeia. As vantagens e desvantagens dessas iniciativas são continuamente avaliadas.
Os vistos voltados para investidores têm um impacto econômico considerado marginal, embora possam atrair talentos estrangeiros, descritos por Trump como trabalhadores dedicados capazes de gerar empregos. Contudo, a noção de que tais vistos contribuiriam significativamente para a redução da enorme dívida nacional dos Estados Unidos é considerada exagerada.
Especialistas na área afirmam que os investidores geralmente estão dispostos a destinar apenas uma fração de seu patrimônio para o novo visto, visto que a maioria possui outras fontes de renda em seus países de origem. Com um número estimado de 260 mil indivíduos possuindo patrimônio acima de 50 milhões de dólares, e uma quantidade significativa já residindo nos EUA, o público-alvo para a nova proposta de visto é relativamente reduzido.
A atração de empreendedores bem-sucedidos é uma meta comum entre nações, mas isso envolve desafios como qualidade de vida e adaptação cultural, especialmente para aqueles que pretendem estabelecer residência permanente. Um estudo que analisa a movimentação de milionários no último ano revela quais economias são mais atrativas e os fatores que influenciam na escolha de um segundo passaporte.
Considerando o aspecto fiscal, os benefícios tributários e incentivos em Dubai se destacam, tornando o emirado a localidade que mais atraiu milionários recentemente, seguido pelos Estados Unidos e Singapura. Outros países que se destacam incluem o Canadá, Austrália, Itália e Portugal, enquanto nações como China e Reino Unido apresentaram perdas significativas de milionários.
Para aqueles que buscam alternativas para migração, é importante considerar as implicações de residir em lugares que atraem riqueza, em oposição àqueles que possam repelem recursos financeiros. A observação contínua das tendências migratórias nos Estados Unidos será essencial para compreender a influência das novas políticas sobre o fluxo de investidores.
