O XP Private Bank está passando por uma significativa reestruturação. Em abril de 2024, Cesar Chicayban assumiu o cargo de CEO do segmento, com o objetivo de transformar a área em uma referência em gestão de grandes fortunas. Para reforçar essa ambição, a instituição contratou dois profissionais de destaque no mercado para liderar as divisões de ultra high (com patrimônio acima de R$ 70 milhões) e high net worth (com patrimônio acima de R$ 10 milhões).
Alex Lago foi nomeado como managing director do segmento ultra high net worth, após sua saída do Santander Private Bank, onde atuava em São Paulo liderando uma equipe de 20 pessoas. Lago traz consigo 30 anos de experiência no setor financeiro, incluindo duas décadas no private banking do Citi, com atuações em cidades como São Paulo, Nova York, Miami e Genebra, além de passagens por instituições como Goldman Sachs e BTG Pactual.
Eduardo Tabone assumiu o cargo de head do segmento high net worth. Com 28 anos de experiência, Tabone já ocupou posições de liderança em diversas instituições financeiras, incluindo Banco Brascan, Citibank, Merrill Lynch, Itaú Private Bank, Banco Safra e Julius Baer. Ambos os executivos se reportarão diretamente a Cesar Chicayban. O CEO ressaltou que essas contratações são fundamentais para a expansão do negócio e atração de grandes fortunas, visando tanto um aumento da participação no patrimônio dos clientes existentes quanto a captação de novos clientes, tendo o valor mínimo para se tornar cliente fixado em R$ 10 milhões.
A XP Private Bank foi estabelecida em 2016 e atualmente gerencia aproximadamente R$ 250 bilhões em ativos sob custódia, o que abrange tanto operações B2B quanto B2C. No entanto, o segmento ainda não se destacou entre os maiores private banks do Brasil. Nos últimos três anos, a área apresentou crescimento limitado, em contrapartida ao aumento de 29% observado no setor de private banking entre dezembro de 2021 e agosto de 2024, segundo dados da Anbima.
Em uma análise realizada em outubro do ano anterior, Cesar Chicayban identificou os desafios enfrentados pela XP. Ele apontou que a empresa estava excessivamente focada em investimentos, sem a infraestrutura robusta necessária para um private bank, o que a impediu de ser uma escolha popular entre clientes de altíssima renda, que demandam uma gama mais ampla de serviços.
Recentemente, o private banking foi integrado à estrutura do banco de atacado da XP, passando a contar com pilares como crédito, operações com derivativos, investment banking, offshore e wealth planning.
