29 maio 2025
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Zamp, proprietária do Burger King, pode aumentar a lista de empresas que saem da bolsa.

A Mubadala Capital, que controla a Zamp, anunciou, no domingo, 25 de maio, que está considerando uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para retirar suas ações da Bolsa de Valores.

Conforme o comunicado, a operadora das marcas Burger King, Starbucks, Popeyes e Subway sugere um intervalo de preço entre R$ 3,30 e R$ 3,50 para a oferta. Atualmente, a Mubadala possui 71,5% do capital da Zamp, avaliada em R$ 1,46 bilhão na B3. A aquisição do percentual restante da empresa exigiria um investimento aproximado de R$ 400 milhões, segundo os valores atuais.

A Zamp se junta a outras companhias que estão considerando esse movimento, refletindo uma tendência no mercado, caracterizada por uma valorização da renda fixa e um desaquecimento na renda variável. Apesar do Ibovespa ter registrado uma alta de 14% até agora em 2025, a perspectiva de taxas de juros crescentes não favorece a confiança nas ações.

Esse padrão é evidente, pois empresas como a XP relataram, pela primeira vez, que a renda fixa se tornou mais popular entre os investidores em comparação com a renda variável no primeiro trimestre deste ano.

No mês passado, outras empresas, incluindo Carrefour, Santos Brasil e Serena Energia, anunciaram seus pedidos de OPA, retirando-se da bolsa. Até maio, companhias como Kora Saúde e Eletromidia confirmaram a venda de ativos, enquanto a Oncoclínicas está avaliando suas opções no mercado.

Além disso, o volume de programas de recompra de ações está mostrando um crescimento. Em março, cerca de R$ 2,7 bilhões em ações foram recomprados, representando uma alta de 22% em relação ao mês anterior, segundo dados do Itaú BBA. No total, existiam R$ 89 bilhões em programas ativos até aquele momento, abrangendo 109 empresas.

Desde então, empresas como Azzas 2154, Armac, Bradesco, Even, Sabesp, XP, Positivo, Vivara, Taurus, Track&Field, Aura Minerals e Oncoclínicas anunciaram novos programas de recompra, ampliando o número total para 122.

O futuro do mercado de ações brasileiro permanece incerto, especialmente considerando que não houve novas aberturas de capital após a dupla listagem do Nubank, em dezembro de 2021. Segundo dados da consultoria financeira Elos Ayta, o volume financeiro da bolsa tem diminuído desde 2021, quando alcançou uma média diária de R$ 35,16 bilhões, ajustado pelo IPCA.

Em 2022, esse indicador caiu para R$ 28,29 bilhões. No ano seguinte, foi registrado um novo decréscimo, chegando a R$ 22,07 bilhões, e em 2024, o volume diário bateu R$ 19,35 bilhões.

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