20 fevereiro 2025
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Zelensky afirma: ‘A Ucrânia rejeitará acordos sem nosso consentimento’

O presidente Volodymyr Zelensky afirmou no sábado (15) que a Ucrânia nunca aceitará acordos de paz que sejam negociados sem a sua participação. Essa declaração aparentemente se dirigia ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca uma solução para o conflito com a Rússia. Durante sua fala na Conferência de Segurança de Munique, Zelensky também solicitou que a Europa desenvolvesse suas próprias forças armadas, enfatizando que a segurança do continente não pode depender apenas das forças ucranianas.

Zelensky ressaltou que seria inaceitável que acordos fossem feitos sem o envolvimento da Ucrânia e aplicou esse princípio a toda a Europa. Ele expressou a vulnerabilidade da Ucrânia e a necessidade de uma postura mais ativa por parte dos líderes europeus em relação à segurança regional.

A declaração ocorreu após Trump ter uma conversa com o presidente russo Vladimir Putin, que foi a primeira entre eles desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. Trump mencionou que ele e Putin esperavam se encontrar no futuro, possivelmente na Arábia Saudita, enquanto a Ucrânia denunciou a necessidade de alinhar esforços com os EUA e a Europa antes de tal reunião.

O governo dos Estados Unidos tem suscitado preocupações entre alguns aliados europeus, que percebem uma possível disposição a fazer concessões a Putin que poderiam prejudicar Kiev nas negociações. Os comentários contraditórios de autoridades americanas aumentaram essa incerteza.

Zelensky advertiu que seria arriscado se Trump se encontrasse com Putin antes de dialogar com o presidente americano. Ele também fez um alerta aos líderes europeus, questionando se os exércitos estavam preparados para uma potencial agressão aberta ou para um ataque de “bandeira falsa” por parte de Moscou.

O presidente ucraniano destacou que, se o conflito terminar de maneira desfavorável, a Rússia poderia possuir um número elevado de soldados experientes em combate, o que representaria um risco para a estabilidade regional. Ao final, ele enfatizou a importância de que a Europa estabeleça suas próprias forças armadas enquanto continua lutando pela paz e segurança.

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