3 março 2025
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Zelensky Afirma que Conexões com os EUA e Trump Podem se Intensificar

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou sua crença de que a relação entre a Ucrânia e os Estados Unidos ainda é recuperável, após um encontro tumultuado com Donald Trump. Zelensky ressaltou a necessidade de novas conversas em um contexto mais reservado, longe dos holofotes públicos.

Ele reafirmou sua disposição para a assinatura de um acordo mineral com os Estados Unidos, a ser firmada na semana anterior ao encontro com Trump, mas deixou claro que a Ucrânia não aceitará qualquer cessão territorial à Rússia dentro de um possível acordo de paz.

Em declarações à imprensa após uma cúpula em Londres, Zelensky comentou que, apesar dos desafios, ele mantém a expectativa de que o relacionamento entre os países continuará, embora tenha criticado discussões públicas sobre esses temas delicados, que, segundo ele, não trazem benefícios para a parceria bilateral.

O encontro de sexta-feira entre Trump e Zelensky foi marcado por um confronto tenso, resultando no cancelamento de uma coletiva de imprensa após a reunião, assim como a desaceleração na assinatura do mencionado acordo mineral. Este acordo permitiria que os EUA tivessem acesso a recursos de terras raras no território ucraniano, como uma forma de compensação pela assistência militar prestada por Washington a Kiev.

Após a reunião, Trump fez uma declaração nas redes sociais acusando Zelensky de desrespeitar os Estados Unidos, afirmando que o presidente ucraniano não retornará à Casa Branca enquanto não estiver disposto a buscar a paz.

Zelensky expressou sua percepção de que os EUA não interromperiam sua assistência à Ucrânia, sustentando que, como “líderes do mundo civilizado”, eles não se sentirão à vontade em apoiar o presidente russo, Vladimir Putin. O presidente ucraniano afirmou estar preparado para qualquer eventualidade e já interage com líderes europeus em busca de novas soluções.

Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou uma proposta de trégua parcial de um mês entre a Rússia e a Ucrânia, a qual abrangeria ataques aéreos, marítimos e ações contra infraestruturas de energia, mas não incluiria combates no solo. Essa trégua foi discutida em um encontro entre líderes europeus.

Macron e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expuseram detalhes iniciais da proposta, havendo ainda pontos a serem esclarecidos, como a supervisão de possíveis ataques. Starmer enfatizou a urgência em conseguir uma paz duradoura após três anos de conflito. Ele sugeriu que a proposta diplomática poderia ser ampliada pela adesão de mais nações e alertou sobre a falta de confiabilidade de Putin.

O primeiro-ministro não comentou sobre como a proposta lidaria com a situação das regiões ocupadas pela Rússia na fronteira com a Ucrânia nem sobre a questão do futuro da Crimeia, anexada em 2014. A questão territorial continua a ser um aspecto crucial nas negociações para o término do conflito na região.

Desde o início da guerra em fevereiro de 2022, o governo dos Estados Unidos destinaram aproximadamente 183 bilhões de dólares em apoio à Ucrânia, conforme relataram fontes do Pentágono. Outras estimativas, como a do Kiel Institute, sugerem um valor ao redor de 120 bilhões de dólares, enquanto Trump afirma que os gastos na guerra durante a presidência de Joe Biden excederam 350 bilhões de dólares.

Recentemente, Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, declarou que a política externa dos EUA durante a administração Trump se alinha com os objetivos da Rússia. Ele observou que a nova administração dos EUA está rapidamente ajustando suas políticas externas, coincidindo em grande parte com a visão russa.

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