O presidente dos Estados Unidos declarou que acredita que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, poderia considerar a possibilidade de renunciar à Crimeia, uma região anexada pela Rússia em 2014. Essa afirmação contrasta com as posições anteriores de Zelensky, que tem reiterado que a Crimeia “pertence” à Ucrânia.
Trump fez essa afirmação ao conversar com jornalistas no aeroporto de Morristown, em Nova Jersey, antes de retornar a Washington após participar do funeral do papa Francisco em Roma. Ele sugeriu que Zelensky poderia estar aberto a concessões em um potencial acordo de paz, afirmando: “Sim, acredito nisso”, em resposta a uma pergunta sobre a renúncia da Ucrânia à Crimeia. Posteriormente, deu a entender que sua declaração poderia ter sido feita em tom de brincadeira.
Desde que reassumiu a presidência, Trump tem buscado formas diplomáticas para encerrar o conflito que começou em 2022, embora sem sucesso até o momento. Ele ressaltou a importância de que o presidente russo, Vladimir Putin, “deixe de atirar, se sente e firme um acordo”. O encontro entre Trump e Zelensky ocorreu no sábado, em Roma, durante o funeral do papa, e foi o primeiro contato presencial entre os líderes desde um debate televisionado na Casa Branca em fevereiro.
Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicou que a próxima semana será decisiva para entender se Rússia e Ucrânia estão realmente dispostas a firmar um acordo de paz. Em entrevista à emissora NBC, Rubio mencionou que Washington está próximo de um entendimento, mas alertou sobre a presença de obstáculos. Ele enfatizou que a única solução para o conflito deve ser um acordo negociado que exija concessões de ambas as partes.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, confirmou que estão ocorrendo conversas com Kiev e Moscou, mas não forneceu detalhes específicos. Em uma entrevista recente, Trump sugeriu que uma proposta de paz americana poderia incluir o reconhecimento da Crimeia como território russo, embora essa informação não tenha sido oficialmente confirmada. Por sua vez, Zelensky reiterou que a península permanece sendo parte da Ucrânia.